terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Peripécia matutina de Rodolfo

Rodolfo é o jabuti da minha avó. Vive no quintal dela há, pelo menos, 14 anos. Foi um presente que ela ganhou do meu primo, quando ele ainda era marinheiro.
O réptil é esperto, temperamental e danado. Tanto que, essa manhã, ele inventou de descer as escadas do quintal para dar uma conferida no astral da casa. Voinha acredita piamente que quem cria jabutis está livre de ter a casa infectada por ácaros. Diz que é simpatia popular, jura que é verdade. Tá... o bichinho não tem feição das mais amigáveis, mas ácaro também é bicho pavoroso. Feios que se entendam.
O fato é que, quando percebemos, o safadinho já tinha vencido o primeiro dos sete degraus e estudava um jeito de descer o mais alto de todos.




Voinha foi lá para avisar a ele que era perigoso:
- Rodolfo, pare com isso! Não está vendo que o degrau é muito alto! Vá ficar quietinho no seu canto.


 E ele até quis obedecer, tadinho...


 Mas voltar foi mais perigoso do que prosseguir. Quando estávamos bem distraídas da danação do jabuti, ouvimos uma barulho de pedra rolando. Ele se desequilibrou e rolou escada abaixo. Se borrou todo e teve que tomar um banho frio, debaixo de palavrões variados.


Mas eu desconfio de que ele queria mesmo era um dengo de voinha. Olha lá a carreira com que ele vai em direção a ela!



Um comentário:

  1. Amei esse Rodolfo e sua odisséia na escada. Mas sou suspeita para falar, tenho minha Gwenever imaginária se aventurando pela casa. Bela volta amiga.
    Abraços
    Norma

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